Rafael Ribeiro / CBF
O ex-presidente do Flamengo, Kléber Leite, revelou nesta quinta-feira (24), em seu site oficial, o projeto do Flamengo para trazer Robinho até o final de 2014.
A ideia, que parece andar a bons passos, é arrumar três empresas para para pagar os R$ 900 mil de salário pedidos por Robinho, R$ 300 mil para cada uma, nos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro.
Em troca, esses grupos utilizariam a imagem do jogador e outros produtos ou serviços acordados com Flamengo.
Leia o texto publicado por Leite. Depois eu volto:
"O namoro do Flamengo com Robinho começou com Plínio Serpa Pinto desenvolvendo o tema com o ex-jogador Serginho, hoje, observador do Milan na América do Sul. Plínio deu corda, Serginho trabalhou a base rubro-negra italiana e, surgiu a possibilidade de Robinho vir somente pelo salário, com o Milan abrindo mão de qualquer cobrança pela liberação do jogador. Plínio passou a bola para o então vice de futebol, Walim Vasconcelos.
De lá, para cá, outros personagens entraram na dança. O empresário Eduardo Uram foi credenciado pelo jogador para tratar da negociação no Brasil. O assunto evoluiu satisfatoriamente, até entrar no circuito a advogada do jogador, Marisa Adja que, independente do acerto de Robinho com o Flamengo, cobrava oitocentos mil euros de honorários (?). O Flamengo atropelou a gulosa advogada e passou a negociar direto com o jogador que, de agosto a dezembro receberia quatro milhões e meio de reais, isto é, novecentos mil reais mensalmente, durante cinco meses.
Um plano comercial foi montado pelo competentíssimo vice-presidente de marketing, Luiz Eduardo Batista, o nosso Bap. A idéia inicial era localizar três empresas, cada uma delas arcando mensalmente com trezentos mil reais, durante os cinco meses de contrato e, em contra partida, teriam como benefícios, durante o mesmo período, a imagem do jogador e itens outros cedidos pelo Flamengo.
Tomara que esta historinha tenha um final feliz. Robinho, aos 30 anos, seria um extraordinário reforço. Muito mais que um reforço, Robinho poderia ser o ídolo, absolutamente fundamental a um clube popular."
Voltei.
Muitos poderão dizer que novecentas mil pratas por mês, hoje, pagariam coisa bem melhor - ou coisas bem melhores - do que Robinho.
É muito provável que isso seja verdade.
Particularmente, também penso assim.
O problema é que quando o cavalo é dado não se olha os dentes.
Mesmo porque de nada adianta elucubrar que o Flamengo com essa grana poderia ter fulano, beltrano ou sicrano - ou os três juntos - se as empresas que irão encaixar essa grana, esse caraminguá, esse alegrete, não estão interessadas em ter em troca a exploração da imagem desses três ou de qualquer outro jogador possível ao Flamengo neste momento, mas sim a de Robinho.
Se quem vai pagar quer Robinho e oferece Robinho, quem irá "ganhar" tem duas opções: aceitar Robinho ou recusar o presente.
A questão, para a diretoria do Flamengo, é analisar o que está sendo entregue em troca desses cinco meses de salário do Pedalador.
Quando vale o que está sendo pedido em troca pelas empresa?
O que realmente está em jogo na contrapartida rubro-negra?
Se for vantajoso e pouco comprometedor, que o Flamengo vá fundo.
Mas isso só o clube poderá dizer.
É isso.
Opine.
Registre o seu comentário.